segunda-feira, 7 de julho de 2008

Esse filme vale o seu emprego.


Ontem fui ver Persépolis, no Santander, num festival de filmes que passaram voando nos cinemas de Porto Alegre. Já que o propósito do festival é esse, os filmes deveriam ficar em cartaz durante bastante tempo e em várias sessões. Mas não é o caso. Persépolis fica até o dia 10, e somente às três da tarde. Mas pode perder o seu emprego sem culpa. O filme vale isso. E eu não tô exagerando. Superior à já excelente HQ que a originou, essa animação sobre uma garota iraniana que cresce durante o período turbulento que envolveu a revolução islâmica e a guerra contra o Iraque é de uma criatividade rara, que faz a gente pensar se os elogios à Pixar não são um pouco exagerados. A sensibilidade do filme é européia, e sobra até espaço para uma tiração em cima dos clichês do cinema americano, com direito à clássica Eye of the Tiger. Persépolis é co-dirigido por Marjane Satrapi, que é também a autora da HQ e, como se não bastasse, a personagem principal da história.

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