segunda-feira, 27 de julho de 2009

Mudanças.

De uns tempos pra cá, minha vida mudou bastante: não preciso mais dirigir 80 quilômetros por dia. Com isso, ando bem mais descansado. Só que, ao contrário do que se poderia imaginar, essa vidinha mais tranquila gera mais preguiça. Por isso, o blog tá parado de um jeito que dá pena. Até no facinho Twitter a preguiça impera. Mas, enfim, vou retomando aos poucos, até porque já voltei a trabalhar, e com isso vem a vontade de fazer outras coisas. Nesse tempinho, fui ver dois filmes: Harry Potter 6 e Inimigos Públicos. O primeiro, talvez um pouco melhor do que os anteriores, tem pelo menos um atributo digno de Oscar: a fotografia. Fora os trabalhos do falecido gênio Conrad Hall, é difícil uma direção de fotografia me chamar tanto a atenção. Depois fui pesquisar e vi que o cara também trabalhou em Amelie Poulin. Ou seja, tenho que decorar mais um nome. Quanto a Inimigos Públicos, trata-se de um filmaço. Um filme puramente err... cinematográfico. Cada cena tem o seu brilho particular e Johnny Depp entrega, mais uma vez, uma atuação genial. Chega a dar pena do Christian Bale. Talvez a única coisa que impeça esse filme de virar um clássico é a própria reverência que Michael Mann presta aos clássicos. Há uma humildade do tipo "o que eu estou fazendo aqui não é nada além de uma homenagem". O que não é problema nenhum, diga-se.

Obs.: os próximos posts serão mais puxados, com imagens e etc. Esse foi só pra cumprir tabela.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A inteligência de Transformers.


Começo pela parte mais difícil: gostei de Transformers 2. Pronto. Agora o resto fica mais tranqüilo. O fato é que eu já era fã do primeiro filme, como dá pra constatar pelo texto um pouco mais abaixo onde eu tento defender o Michael Bay. E pra ver um filme como esse sem o olhar critico que eu dedicaria a coisas mais engajadas artisticamente, basta colocar as coisas em seu devido lugar. Quando eu vejo Transformers 2, eu quero um filme longo, com efeitos especiais espetaculares, ação ininterrupta e, deixando a hipocrisia de lado, altas doses de Megan Fox. E o filme tem tudo isso. Mas vou tentar falar sério um pouco. Trata-se de uma obra para a nova geração, feita com o cuidado de agradar as hordas de adolescentes que são o principal público de cinema no mundo. E tudo no filme é cuidadosamente pensado para atingir esse objetivo. Em primeiro lugar, a aposta na imagem e no som em detrimento do conteúdo. Trata-se de uma obra anestesiante, que não permite uma reação intelectual do espectador. Não existe tempo para isso.


Mas Transformers 2 vai ainda mais longe na tentativa de pegar esse público com os hormônios em ebulição. Há filmes pornôs mais sutis na maneira que abordam o sexo. Tudo em Transformers 2 é recheado de referências ao imaginário sexual. Desde a inexplicável beleza da atriz principal até as piadas de baixo calão que envolvem robôs tarados ou com testículos. E há a tecnologia. Não sou de me impressionar com efeitos especiais, mas os de Transformers 2 são de cair o queixo. Não há nada que passe a impressão de que aqueles robôs são animados e aplicados por computador. Não existem falhas técnicas aqui. Então temos essa combinação de sexo e tecnologia (os maiores interesses dos teenagers) que não tem outro propósito a não ser o comercial. A lógica de Transformers 2 é a lógica da publicidade. E como profissional da área eu não posso deixar de admirar a inteligência de business por trás do filme. E a habilidade de Michael Bay em concretizar isso tudo, colocando centenas de milhões de dólares nos cofres dos produtores. Arte é outra coisa, mas Transfomers 2 me diverte e me fascina. E ainda tem a Megan Fox.