quinta-feira, 31 de julho de 2008

Surf Noir.


Eu nunca surfei, mas sempre respeitei tudo que envolve a prática desse esporte. Principalmente porque é tudo muito particular, os caras têm uma cultura própria e tal. E dessa cultura própria sai muita coisa boa. Na música, todas aquelas bandas instrumentais dos anos 60, como The Ventures, The Shadows, The Surfaris, The Etc. No cinema, filmes como Big Wednesday, Point Break e o espetacular documentário Riding Giants. Na vida real, meus melhores amigos do colégio, que eram surfistas, e por algum motivo isso parecia fortalecer ainda mais a amizade da turma, onde cada cada um de nós chamava o outro de irmão. E essa semana conheci O Estranho de Cincinnati, produção da HBO. Em reprise no canal Max Prime, a série fala de uma família de surfistas totalmente desajustada, que vive em uma comunidade praiana junto com outros personagens tão estranhos quanto. E como se não bastasse tanta esquisitice, chega do nada (ou de Cincinnati) um tal de John, que fica repetindo que o fim está próximo, enquanto personagens levitam e pássaros ressuscitam. Em meio a milagres, cenas de surf muito bem fotografadas e uma trilha que inclui Joe Strummer, Muse, Buddy Guy, Kasabian e Yardbirds, O Estranho de Cincinnati mantém o padrão HBO de qualidade e é estranhamente viciante. Não foi bem de audiência nos EUA e só durou uma temporada, mas quem gosta de surf e David Lynch vai adorar.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Sorry pela falta de assunto...


...mas uma tirinha do Calvin é melhor que qualquer coisa que eu possa escrever.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Dercy facts.


Em 101 anos ela viu :
- duas guerras mundiais
- oito papas
- o Titanic afundar
- o homem chegar à lua
- a construção e a destruição das torres gêmeas
- a televisão ser inventada
- Mickey Mouse ser criado
- a fundação das nações unidas
- a chegada dos japoneses ao Brasil
- trinta e cinco presidentes da república
- a inauguração do Cristo Redentor
- a construção de Brasília
- o futebol nascer no país
- o Brasil ganhar cinco copas do mundo
- o nascimento do Zagalo

MAS NUNCA VIU O INTER NA SEGUNDA DIVISÃO DO BRASILEIRO.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

terça-feira, 22 de julho de 2008

Why so serious?


Pra encerrar com chave de ouro a série de posts sobre o Homem-Morcego, essa ilustração aí de cima, feita pelo gênio Bill Sienkiewicz, de Elektra Assassina.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Chora, Poderoso Chefão.


Sempre critiquei um pouco aqueles diretores que começam fazendo filmes geniais de espírito independente/adulto e acabam cooptados pelo cinemão, dirigindo histórias de super-heróis para adolescentes. É o caso de Bryan Singer, que apareceu com nada mais nada menos que Os Suspeitos e acabou com dois X-Men legais mas sem personalidade e com um lamentável Superman Returns. Do Ang Lee então, nem se fala. Ainda bem que depois da sua desastrosa versão do Hulk ele retomou o caminho da inteligência. Christopher Nolan apareceu para o mundo com a obra-prima Amnésia e se mandou para Gotham City. Mas aí a história foi diferente. Ao invés de descer ao baixo nível mental dos adolescentes americanos, Nolan elevou o Batman a uma estatura jamais imaginada. Chega a ser uma piada The Dark Knight estar disponível em cópias dubladas, direcionadas ao público infantil. Pois se trata de um filme sério, adulto, com pretensões éticas e filosóficas. E com um diretor que tem domínio absoluto do seu ofício. Tudo é impecável em The Dark Knight. O roteiro, que nunca foi o forte das adaptações de HQs, nesse filme dá sentido aos personagens e suas motivações, ao invés de servir apenas como motor da ação. O elenco é um caso a parte. Os atores tinham consciência de que estavam em um grande filme e entregaram atuações dignas de Oscar. Michael Caine e Morgan Freeman, com a experiência e a elegância de sempre, são os verdadeiros centros morais da história. Maggie Gyllenhal faz uma Rachel Dawes que não é pra qualquer Katie Holmes. O Harvey Dent de Aaron Eckhart surpreende como um retrato perfeito de como o ser humano pode ser afetado pelas coisas que estão além de seu controle. Mas é o Coringa de Heath Ledger que não sai da cabeça. O ator fez um personagem que acaba de entrar para a história. Mas além do talento único do ator, os méritos também devem ir para o roteiro de Chris Nolan (em parceria com o irmão, Jonathan). Pois ali o Coringa não tem origem, não tem nome, não tem passado. Ele é o fruto de uma sociedade caótica, quase uma força da natureza. Esse é um dos principais acertos de um filme que não erra. Nesse momento, The Dark Knight está acima de O Poderoso Chefão no ranking do IMDb. Pode ser o entusiasmo do momento, e o filme do Coppola pode voltar logo para o seu já tradicional primeiro lugar. Mas acredite: The Dark Knight está longe de ser mais um blockbuster de verão. Muito longe.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Locked in.


Às vezes a gente sai satisfeito do cinema. Outras vezes a gente sai com a sensação de que não viu apenas um filme, mas que acabou de passar por uma experiência. Comigo, que eu lembre, isso aconteceu quando eu vi Apocalypse Now Redux, Cidade dos Sonhos e Dogville. E ontem aconteceu de novo. O Escafandro e a Borboleta é mais do que um filme. Conta a história real do redator da Elle francesa que sofre um AVC e fica totalmente paralisado e incapaz de se comunicar, a não ser piscando o único olho que lhe resta. Só que a obra não faz isso de um jeito comum, ao estilo "doença da semana" dos telefilmes americanos. O Escafandro e a Borboleta coloca o espectador trancado no corpo do personagem junto com ele, e só temos acesso ao que ele vê (com algumas exceções), seus pensamentos, sua imaginação e sua memória. Com isso, sentimos o desespero de ter toda uma vida interna que não pode ser colocada pra fora. E compreendemos porque ele fez questão de escrever (ou ditar, piscando o olho) o livro que deu origem ao filme. Durante duas horas, a vontade de se mexer na cadeira é incontrolável. E a emoção também.

Tô pegando.

O Leo Prestes já disse que a gente começa a perceber que tá ficando velho quando passa a ouvir mais AM do que FM. E já faz tempo que eu só ligo o rádio pra ouvir notícias e transmissões de futebol. Mas agora também dá pra pegar a Gaúcha no 93.7 FM. E eu tô me sentindo de novo na flor da juventude.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Bat-ajuda.


Todo mundo sabe que o Batman é um herói sem superpoderes. Partindo desse princípio, com bastante treino e força de vontade, todo mundo pode sair por aí vestido de morcego gigante dando sopapos em bandidos. Pelo menos é o que acha um tal de E. Paul Zehr, que escreveu o livro Becoming Batman - The Possibility of a Superhero, onde ele mostra, etapa por etapa, como você pode virar o novo cavaleiro das trevas. Tem louco pra tudo nesse mundo. E nerd também.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Yes? No, thank you.

Ter um ipod de 80 giga é muito legal, mas pra encher o aparelhinho dá uma baita trabalheira. Tô aproveitando esse espaço todo pra colocar álbuns considerados clássicos da música pop desde os anos 50. E a minha cultura musical tá avançando em progressão geométrica. Tô conhecendo de verdade e passando a respeitar várias coisas que eu criticava sem conhecer realmente, entre elas algumas bandas do chamado rock progressivo (Pink Floyd, King Crimson). Mas ao mesmo tempo alguns dos meus preconceitos estão se confirmando. O Yes não dá. Não dá mesmo. É desrespeito ao ouvido. É tortura. É desagradável. É repugnante. Dá enjôo e mal-estar. Dá raiva e ódio ao mesmo tempo. Provoca coceira e tira o apetite. Dá inveja de quem nasceu surdo. Acabo de eleger Close to the Edge (vinte minutos de masturbação insuportável que não levam a lugar nenhum, que tem simultaneamente os piores vocais e o pior teclado da história) como a pior música (se é que se enquadra nessa categoria) que eu já tive o desprazer de ouvir. Mas vou manter no ipod pra fazer apostas e testes de resistência com os amigos. O movimento punk faz cada vez mais sentido pra mim.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Quem matou Heath Ledger.


Texto que eu escrevi dois dias após a morte do ator.

Em 1940, Bob Kane criou aquele que seria o grande inimigo do Batman, a sua antítese perfeita: o Coringa. Talvez o Coringa seja a melhor encarnação do mal na literatura do século XX. Sim, porque quadrinhos também podem ser grande literatura. Quem não concorda, pode parar de ler agora.

Durante esses 68 aninhos de idade, o Coringa foi retratado por diversos roteiristas e ilustradores, desde os mais geniais até os mais medíocres. Mas todos colaboraram para que a imagem desse sorridente personagem se fixasse nas mentes infanto-juvenis do mundo todo. Ou pelo menos, daquela parte do mundo dominada pela cultura ianque.

Mas o Coringa é muito mais do que o pesadelo noturno de crianças impressionáveis. A concepção do personagem tem uma lógica adulta e realmente assustadora. Se o homem é inerentemente bom, a maldade é uma distorção da mente. A maldade não tem lógica nem propósito. E já faz tempo que o Coringa não é apenas mais um vilão atrás de dinheiro. Se o Coringa tem algum objetivo, é tentar injetar um pouco de loucura nas pessoas normais. O vilão traz à tona o mal que se esconde no coração dos homens, em desesperadas tentativas de mostrar que o seu comportamento é o normal. Em A Piada Mortal, de Alan Moore e Brian Bolland, ele (quase) consegue. A dúvida que ele coloca no Batman é a sua grande vitória.

O Asilo Arkham, onde o Coringa passa um tempinho entre uma fuga e outra, representa o mal concentrado, preso, contido. Como se fosse aquela parte da nossa alma que a gente faz questão de esconder e deixar quieta. As fugas em massa do Asilo, como a que acontece no genial Batman Begins (onde o Coringa só está em espírito), são a liberação da loucura presente em cada um de nós.

O fato, gente, é que o Coringa não é mais um mero personagem de quadrinhos. O Coringa existe. Sim, o Coringa existe. Não em carne e osso, é claro. Mas como uma tese sobre a natureza humana. Apenas esboçada quando Bob Kane o criou, mas desenvolvida ao longo dos anos. E quem teve um contato maior com o Coringa, além do bufão inofensivo interpretado por Cesar Romero na série de TV, certamente foi afetado. Quando um personagem consegue transcender a sua função dentro de uma história para se tornar alguém que revela algo sobre nós mesmos, ele passa a ter personalidade própria. Por isso, o Coringa é mais forte que o Batman. O Batman a gente sempre foi, desde que nasceu. Quem nunca disse, aos cinco anos de idade, numa brincadeira com os amiguinhos, a frase “Eu sou o Batman."? O Coringa começa a entrar na gente na fase adulta, quando passamos a pensar sobre a arte. Sim, porque quadrinhos são arte. Quem não concorda, pode parar de ler agora. Adultos, pensamos: “Mas será que eu também não sou um pouco Coringa?”

O fantástico diretor Christopher Nolan parece ter revelado a verdadeira face do Coringa em The Dark Knight. A maquiagem borrada, imperfeita, finalmente faz jus à loucura do personagem: a loucura não é simétrica. Tudo me leva a crer que esse novo filme explora até o limite todas as possibilidades do personagem, todo o seu alcance e tudo que ele tem de terrivelmente verdadeiro.

O mais que promissor Heath Ledger sentiu isso. A carga de interpretar o Coringa, pelo que está sendo revelado nos jornais, o levou ao consumo de remédios para dormir. Isso, associado aos seus problemas pessoais, acabou levando o ator a excessos que terminaram da maneira que todos sabem. Talvez o Coringa tenha revelado a Heath Ledger algo que ele não sabia sobre ele mesmo. E enquanto no mundo todo os fãs do jovem ator choram, alguém está rindo.

Álbum clássico do dia.


Passei o fim-de-semana ouvindo o álbum Specials, da banda inglesa homônima. O calor fora de época combinou com o disco, produzido pelo Elvis Costello e lançado em 1979. Specials é um álbum que faz uma espécie de revival do ska jamaicano, mas com influência do punk e guitarras em primeiro plano. Impossível ficar parado ouvindo um disco que abre com A Message to You Rudy, e que em determinado momento emenda Concrete Jungle, Too Hot, Monkey Man e (Dawning of A) New Era, numa das melhores sequências de músicas da história. Crítica social é o que não falta nas letras, mas o tom é alegre. Specials é um disco que deixa a gente feliz e com vontade de chutar tudo que vê pela frente, como são os verdadeiros grandes discos de rock (não me venham com essa de introspecção). Aproveite e ouça enquanto está quente.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Batman Begins (2005)


A melhor aventura do morcegão no cinema. É que Christopher Nolan é um cineasta superior. Ao não encarar o filme como uma mera adaptação de HQ, esse gênio fez uma obra realista, pesada e perturbadora. Com Batman Begins e The Dark Night, talvez ele consiga definitivamente o que Neal Adams, Frank Miller, Alan Moore e outros caras já tentaram: transformar de vez o Batman em coisa de gente grande.

Batman & Robin (1997)


Não vi, não quero ver e tenho raiva de quem viu.

Batman Forever (1995)


Eu nunca vou entender porque resolveram entregar a franquia nas mãos de um dos piores diretores do mundo. Mas Batman Forever ainda vale uma espiada. Por um único e genial motivo: Jim Carrey.

Batman Returns (1992)


Um conto infantil recheado de sátira política e tensão sexual. Dá pra definir mais ou menos assim esse filme onde Tim Burton teve total liberdade para criar. O repugnante Pinguim de Danny de Vito é o retrato da burguesia decadente. Max Schreck, o personagem de Christopher Walken, é o empresário que manipula políticos para proteger seus interesses. A Mulher-Gato de Michelle Pfeiffer representa a mulher emancipada sexualmente, e que só por isso, é a maior de todas as ameaças. No meio disso tudo, o Batman de Michael Keaton se torna um autêntico e apagado coadjuvante.

Batman (1989)


Tim Burton foi a escolha certa na época certa. No final dos anos 80, ainda combinava com o Batman e o Coringa uma visão mais ingênua, inspirada em contos góticos. Os cenários e a fotografia acentuam essa característica. E tudo é propositalmente irreal, situado numa Gotham City fora do tempo e do espaço. O colorido Coringa contrasta com o tom predominantemente escuro, sóbrio e triste do filme. Difícil é escolher pra quem a gente torce.

Batman (1966)


Impagável versão para o cinema da popíssima série de TV, com Adam West, Burt Ward e os principais vilões: Coringa (Cesar Romero), Pinguim (Burgess Meredith), Charada (Frank Gorshin) e Mulher-Gato (Lee Meriwether). Tudo que a série tinha de bom, no filme fica ainda melhor. O Batman continua barrigudinho, as cenas envolvendo os vilões ainda são com a câmera levemente inclinada pra mostrar como a mente deles é distorcida, o Robin exclama "santa isso, santa aquilo" toda hora e a trilha do Neal Hefti tá lá também. Mas aqui tem o Bat-repelente de tubarão. E o Batman dança o Batusi.

Poster.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Momento de decisão.


Nos anos 30 tudo era mais simples: bastou um quadrinho pra que o Bruce Wayne decidisse virar o Batman. Acho que vou fazer um pôster com essa obra-prima da narrativa sintética, pelo mestre Bob Kane.

terça-feira, 8 de julho de 2008

O pior diretor do mundo.


Esse texto eu escrevi logo após a estréia de A Dama na Água. Mas com o recente lançamento do massacrado The Happening (que eu não vi nem vou ver), o conteúdo se mantém bem atual.

Ok, o título foi só pra chamar a atenção. Óbvio que o pior diretor do mundo provavelmente é um cara de quem ninguém ouviu falar. M. Night Shyamalan não é o pior diretor do mundo. É apenas um dos piores. Dito isso, vamos começar elogiando pra depois descer o pau. Quando vi O Sexto Sentido no cinema em 1999, foi uma experiência rara. Poucas vezes fiquei tão empolgado ao mesmo tempo com o roteiro e a direção de um filme. Quando descobri uma meia hora antes do fim o grande segredo que envolvia a história, fiquei genuinamente emocionado com a inteligência da coisa toda. E fiquei degustando os últimos minutos, esperando o grande momento da revelação. Obra-prima do cinema. Porém...

O Shyamalan resolveu continuar fazendo filmes. E tivemos que ver Corpo Fechado, Sinais e A Vila. Acho que talvez o grande problema do cineasta não seja a falta de talento, mas o fato de ele se achar muito mais talentoso do que de fato é. Isso acaba levando seus filmes a um grau de auto-reverência tão grande que chega às raias do ridículo. Shyamalan leva seu mundinho a sério demais. Spielberg que é o Spielberg deixa transparecer mais humildade na sua obra. Os filmes do Shyamalan sempre têm 107 minutos de duração. Além disso, o diretor é tão pretensioso que não se satisfaz em ficar por trás das câmeras e sempre dá um jeito de mostrar a carinha em seus filmes. O outro famoso por fazer isso atendia pelo nome de Alfred Hitchcock. Preciso dizer mais? Talvez não, mas vou dizer. O final-surpresa, que funcionou tão bem em O Sexto Sentido, virou cacoete, ou como preferem os fãs, marca-registrada. Se Shyamalan não se achasse tão maravilhosamente genial, abriria mão dessa constante repetição de si mesmo. E talvez seus filmes fossem um pouco mais interessantes.

Outra prova de que o ego prejudica a carreira do rapaz é o seu filme mais recente, A Dama na Água. Adaptado de um livrinho infantil de autoria própria, o roteiro foi rejeitado pela Disney como algo que ninguém além dele mesmo ia querer ver. A Warner, ainda acreditando na marca Shyamalan, apostou no filme e deu com os burros n’água. Trata-se de um dos maiores fracassos do ano.

A cada filme, o diretor perde mais uma boa leva de fãs, mas tem aqueles que ainda resistem. Pra esse pessoal, eu sugiro fazer um exercício de abstração: imagine se O Sexto Sentido nunca tivesse existido. Você seria fã do cara assim mesmo?

Uma colega mandou por email o trailer de A Dama na Água, com o texto: “Trailer do último filme de M. Night Shyamalan.” Não resisti e mandei: “Tomara que seja o último mesmo.”

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Joker.


O Coringa, em uma das melhores ilustrações do hiper-realista Alex Ross.

Post Fasano.

Ontem eu estava impossível. Fui no Santander Cultural e em seguida dei uma passadinha na Tortaria, para me deliciar com um apfelstrudel com chantilly. Um dia lindo merece um fim de tarde na Fernando Gomes. Hoje vou continuar nesse embalo.

Esse filme vale o seu emprego.


Ontem fui ver Persépolis, no Santander, num festival de filmes que passaram voando nos cinemas de Porto Alegre. Já que o propósito do festival é esse, os filmes deveriam ficar em cartaz durante bastante tempo e em várias sessões. Mas não é o caso. Persépolis fica até o dia 10, e somente às três da tarde. Mas pode perder o seu emprego sem culpa. O filme vale isso. E eu não tô exagerando. Superior à já excelente HQ que a originou, essa animação sobre uma garota iraniana que cresce durante o período turbulento que envolveu a revolução islâmica e a guerra contra o Iraque é de uma criatividade rara, que faz a gente pensar se os elogios à Pixar não são um pouco exagerados. A sensibilidade do filme é européia, e sobra até espaço para uma tiração em cima dos clichês do cinema americano, com direito à clássica Eye of the Tiger. Persépolis é co-dirigido por Marjane Satrapi, que é também a autora da HQ e, como se não bastasse, a personagem principal da história.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Que fim levou Robin?


Esse quadrinho aparece em Batman #84 (Junho, 1954). Alguma dúvida de que o Christopher Nolan fez bem em ignorar o sidekick do morcegão?

Bat-tirinha.


Essa tirinha do Rafael Koff é o início oficial do aquecimento para a estréia de The Dark Knight, dia 18 de julho.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Fasano no Twitter.


Vitor Fasano, assim sem o C mesmo, está no Twitter. A coisa mais divertida da semana até agora é acompanhar o dia-a-dia do sumido astro. É viciante. Sério. Clica aqui se tu não acredita.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Falta pouco.


É no dia 18 de julho. Enquanto isso, a gente vai se contentando com pôsters como esse.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Robôs fofinhos.


Ontem eu vi o tão incensado WALL.E. Não lembro de um lançamento que tenha recebido elogios tão entusiasmados e unânimes. E o filme é, de fato, uma obra-prima. Ou quase. A primeira metade é genial, com apenas dois robôs e uma baratinha vivendo num planeta Terra abandonado e coberto de lixo. Lembra os curtas sem diálogos da Pixar, em versão estendida. Por mim, o filme podia ter ficado assim até o final. Mas, como é de praxe, existe a necessidade de se contar uma história. Aí WALL.E entra para o lugar-comum dos filmes da Pixar. Não me entenda mal: o lugar-comum dos filmes da Pixar sempre foi muito acima do lugar-comum de outros filmes. O problema é que WALL.E se apresenta, no início, como um filme diferente, com uma proposta totalmente nova. E essa proposta vai pro espaço quando os robozinhos...errr...vão pro espaço. Ainda assim, é o melhor filme de 2008 até agora, e os créditos finais são fantásticos. É incrível ver as pessoas se retirando do cinema sem se dar conta de que os créditos continuam contando a história, e de maneira brilhante. Tsc, tsc, tsc.
Da Pixar, ainda prefiro Ratatouille. Mas WALL.E vale o preço de uns três ingressos.

Normalidade.

Foi a lista mais polêmica de todos os tempos. Pelo menos aqui na agência, ela despertou paixões e discussões acaloradas, que quase terminaram em briga. Em comunidades do Orkut, a calculada e provocativa presença do Chris Columbus entre os maiores diretores americanos deixou muita gente nervosa. Mas acho que fiz uma lista coerente e fiquei orgulhoso da repercussão. Ano que vem, como eu já prometi, faço de novo. Mas não vou ficar quase um mês em cima disso. Vai ser uma coisa mais rapidinha, só pra atualizar mesmo. Nesse meio tempo, enquanto eu não colocava posts normais, vi dois filmaços no cinema, que vou só citar, até porque nem estão mais em cartaz: As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian (destinado a se tornar um clássico do cinema infanto-juvenil) e Control (a história do Ian Curtis, do Joy Division). Vi outro ontem, mas esse vai merecer um post logo acima desse.