quarta-feira, 28 de maio de 2008

Watchmen, o filme - cada vez melhor.


E essa imagem dos Minutemen, hein?

terça-feira, 27 de maio de 2008

O homem que entendia as mulheres.


Sydney Pollack, que morreu ontem, não está nem entre os 20 maiores diretores do cinema americano. Era um cara competente, que compensava a falta de estilo com um ecletismo que fez com que a sua filmografia fosse consistente e variada. Mas os dois grandes clássicos que Pollack deixou, curiosamente, falam do mesmo assunto: a alma feminina. Completamente diferentes entre si (um é uma comédia moderna e o outro um épico intimista), Tootsie e Out of Africa mostram uma sensibilidade para entender as mulheres raramente vista no cinemão americano. Eu até ia falar mais sobre cada um, mas isso estragaria o seu prazer de assistir e descobrir um pouco do que se passa na cabeça delas. Só por esses dois grandes (e esclarecedores) filmes, já valeu a obra desse diretor.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Maratona.


Esse aí da foto é só mais uma das figuraças que participaram ontem da Maratona de Porto Alegre.
Eu participei da Maratona Braskem pelo segundo ano consecutivo e acredito, extra-oficialmente, que melhorei meu tempo. Cada vez mais eu me convenço que não existe nada que deixe alguém mais satisfeito pessoalmente do que a superação numa competição esportiva. Mais do que qualquer conquista profissional ou realização artística. Só estando lá pra saber. É por isso que quem não pratica esportes não entende quem pratica. Vão lá, uma vez só, não custa. E aí vocês vão entender. Eu garanto.

Indiana Jones e seu filme mais-ou-menos.


Vi Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal na pré-estréia, mas só agora resolvi postar alguma coisa aqui. O fato é que saí decepcionado do cinema. E essa impressão não mudou muito cinco dias depois. O filme tem uma primeira metade absurdamente genial. Steven Spielberg, em estado de graça, abusa da paródia ao clima de paranóia dos anos 50. Os comunistas são seres diabólicos, mas é assim que eles seriam retratados num filme daquela época. Esquerdistas chatos que não entenderem a brincadeira merecem queimar no inferno pela falta de senso de humor. Mas não é só isso. Todas as referências ao período são propositadamente exageradas e caricaturais, da cena inicial ao figurino do Shia LaBeouf. A minha empolgação chegou ao limite com tanta inteligência e criatividade, só comparáveis à sequência inicial do fantástico Indiana Jones e o Templo da Perdição. Mas aí, o nosso herói vai pra Amazônia e tudo vai por água abaixo. O que acontece em seguida lembra o tédio que foi aquele King Kong do Peter Jackson, sem falar no velho clichê da excursão por cavernas com tochas acesas: Indy na frente e uma infinidade de parceiros atrás. A conclusão da aventura em si é constrangedora, mas o filme é salvo por uma brilhante cena final, onde Spielberg quase consegue recuperar tudo que tinha sido construído no início. Vejam bem: quase. Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal não só é o pior filme do personagem, como também tem grandes chances de ser o pior filme da carreira do diretor. O que, em se tratando de um gênio como Spielberg, também não quer dizer muita coisa.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

W.


E não é que o Josh Brolin ficou mesmo a cara do George W. Bush no próximo (e provavelmente polêmico) filme do Oliver Stone?

terça-feira, 20 de maio de 2008

Woody Allen - o veredito.


Ontem eu vi Scoop e concluí finalmente o que acho do Woody Allen. Sempre busquei contradizer um pouco os admiradores ferrenhos do cineasta, até porque acho que é sempre importante se discutir arte. Se todo mundo que pensa um pouquinho é fã incondicional do cara, qual é a graça? Bom, mas eles têm razão. Pelo menos, em parte. A primeira conclusão a que cheguei vendo Scoop é que todo filme do Woody Allen (e ele tem mais de 30 no currículo) é no mínimo bom. Porque existem os filmes mais pretensiosos, onde ele descarrega o seu talento de grande artista, em geral acertando, e esses tipo Scoop, onde a trama é uma mera desculpa pra ele desfilar um repertório de boas tiradas (em geral, ditas por ele próprio). A segunda conclusão é que ele realmente fez apenas três filmes que podem ser chamados de obras-primas, pelo que eles têm de marcantes e inesquecíveis: Annie Hall (1977), Manhattan (1979) e Crimes e Pecados (1989). Esses três filmes estão assustadoramente acima daqueles que, nos últimos anos, se convencionou chamar de "os filmezinhos anuais do Woody Allen", onde a gente vai no cinema e encontra figurinhas carimbadas tipo Tânia Carvalho e Tatata Pimentel. Mas a principal conclusão a que eu cheguei vendo o ótimo Scoop é que ele, Woody Allen, tem todo o direito de não ser sempre genial, e que a partir de agora, vou respeitar totalmente esse direito. Podem me cobrar.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Por que tu não foste, Bruno?


Bruno, por que tu não foste? Teus amigos estavam lá te esperando. Tinha Bohemia, Polar, Brahma Extra e Skol. Até a cerveja tu podias escolher. Tinha sanduíches e tinha expectativa. Estavam lá o humor do Marcelo, a emoção do Soletti e a concentração do Leo. Estavam lá a narração do Paulo Brito e os comentários do Mauricio Saraiva. Os lugares estavam marcados. O teu lugar estava marcado, reservado, esperando por ti. Aquele canto do sofá, vermelho por sinal, era teu. Só teu. Nós tentamos, Bruno. Nós tentamos esquecer que tu não estavas lá. Rimos, torcemos e acreditamos. Mas a cada um daqueles três momentos fatídicos, nós lembrávamos de ti. Lembrávamos daqueles momentos felizes que passamos no alçapão da Panamericana, dos gritos, dos choros e dos tapas na cara. Lembrávamos da peregrinação que fizemos até a Avenida Goethe naquela manhã gloriosa de 17 de dezembro de 2006. E lembrávamos que por tua causa, por tua ausência, um sonho estava morrendo. Precisávamos de ti ontem à noite. E não só teus amigos precisavam de ti, mas toda uma nação. Sentimos tua falta, Bruno. E doeu. Bruno, por que tu não foste?

sexta-feira, 9 de maio de 2008

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Merece replay.


A transmissão ao vivo da prisão das grandes celebridades do momento (o casal Nardoni), fez a Globo simplesmente ignorar o gol que deu ao São Paulo a classificação para a próxima fase da Libertadores. Mais do que nunca, vale a pena ver de novo essa charge.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Adaptações.



Ontem eu finalmente vi Homem de Ferro. Filmaço. Protagonista carismático, ótimo roteiro, cena final impactante, e a melhor aparição do Stan Lee em todos os tempos. E comecei a pensar na importância que o cinema está tendo em democratizar o conhecimento sobre HQs que, por mais que fossem lidas, nunca alcançariam um público tão grande. Eu não tenho dúvidas de que, para a maioria das pessoas presentes nas sessões de Homem de Ferro, os grandes heróis dos quadrinhos até então eram a Mônica e o Cebolinha. Agora, graças à força convergente do cinema, essas pessoas já conhecem o Tony Stark, o Peter Parker, o Bruce Wayne e até o Marv de Sin City. O cinema ajuda a tirar dos guetos a mitologia que envolve esses personagens. E com quanto mais gente eu puder conversar sobre essas nerdices, melhor fica a cerveja.

Coisas que o homem faz.


Está de volta ao youtube o vídeo mais sensacional de 2008, onde o psiquiatra Norberto Keppe discorre, com muita propriedade, sobre as coisas que o homem faz para ir mais rápido para o mundo do além. Assista agora. Você nunca mais será o mesmo. Sério.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Ele é o cara.


Sempre gostei do Abel (Braga só usa quem não tem intimidade). Eu tava lá quando o Inter perdeu para o Olímpia em 89, e nada me pareceu mais justo e compensador que, 17 anos depois, ele tenha conquistado o título da Libertadores pelo mesmo clube (eu tava lá também). Depois veio o Mundial, a Recopa, o torneio de Dubai e, agora, esse incontestável título gaúcho. O Abel tem carisma e comando, e é um cara simples e honesto. Que ele seja o técnico do Inter pelos próximos anos, e que a torcida pense oito vezes antes de vaiar algum errinho. Essa união e força da equipe se devem ao simples fato de que o técnico do Inter é um ser humano.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Homem de Ferro.


Homem de Ferro sou eu, que resisti à tentação de ver Iron Man e acabei vendo o novo do Woody Allen, por respeitar a preferência da minha companhia. Mas não me arrependi. Cassandra's Dream está longe de ser um clássico, mas até os filmes meia-boca do velhote valem a pena. Se eu gosto até de Celebrity, o filme mais massacrado da carreira dele, como que eu não vou curtir um drama com boas doses de suspense hitchcockiano na velha linha crime e castigo? Se ver o ex-jedi Ewan McGregor indo pro lado negro da Força vale o ingresso, o mesmo não pode ser dito do fraquinho Colin Farrell. Mas o Tom Wilkinson compensa como o tiozão rico que todo mundo gostaria de ter, pelo menos até o dia em que ele pede aos sobrinhos um certo favorzinho.

Enquanto isso, tem Iron Man nos cinemas e eu não vi ainda. Isso me assusta um pouco.