terça-feira, 20 de maio de 2008

Woody Allen - o veredito.


Ontem eu vi Scoop e concluí finalmente o que acho do Woody Allen. Sempre busquei contradizer um pouco os admiradores ferrenhos do cineasta, até porque acho que é sempre importante se discutir arte. Se todo mundo que pensa um pouquinho é fã incondicional do cara, qual é a graça? Bom, mas eles têm razão. Pelo menos, em parte. A primeira conclusão a que cheguei vendo Scoop é que todo filme do Woody Allen (e ele tem mais de 30 no currículo) é no mínimo bom. Porque existem os filmes mais pretensiosos, onde ele descarrega o seu talento de grande artista, em geral acertando, e esses tipo Scoop, onde a trama é uma mera desculpa pra ele desfilar um repertório de boas tiradas (em geral, ditas por ele próprio). A segunda conclusão é que ele realmente fez apenas três filmes que podem ser chamados de obras-primas, pelo que eles têm de marcantes e inesquecíveis: Annie Hall (1977), Manhattan (1979) e Crimes e Pecados (1989). Esses três filmes estão assustadoramente acima daqueles que, nos últimos anos, se convencionou chamar de "os filmezinhos anuais do Woody Allen", onde a gente vai no cinema e encontra figurinhas carimbadas tipo Tânia Carvalho e Tatata Pimentel. Mas a principal conclusão a que eu cheguei vendo o ótimo Scoop é que ele, Woody Allen, tem todo o direito de não ser sempre genial, e que a partir de agora, vou respeitar totalmente esse direito. Podem me cobrar.

Um comentário:

@snel disse...

Woody Allen sucks.