terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Marley e Eu.


Comecei 2009 com calma. Bebi um espumante Freixenet (a primeira vez que realmente gostei de champagne na minha vida), revi os dois primeiros filmes da trilogia Bourne, não corri no Parcão nem na Praça da Encol, vi pela primeira vez o semi-clássico Gata em Teto de Zinco Quente (filmaço com Paul Newman, o maior ator de todos) e meu primeiro filme no cinema foi Marley e Eu. É. Na falta do “não vi e já gostei” Gran Torino e de outros pré-cotados para o Oscar restou ver Owen Wilson e Jennifer Aniston cuidando de um cachorro. Não tem como não reconhecer que o filme (assim como provavelmente o livro) é uma aula de como agradar a todos. Sem nenhuma ousadia estética e contando uma história real (o que evita as fantasias irritantes que costumam existir nas comédias românticas em geral), o filme joga pra torcida. Nem o mais cínico dos seres humanos vai deixar de agradecer a Deus por ter visto o filme em uma sala escura, onde dá pra dar uma choradinha sem ninguém perceber. Mas quem, como eu, não tem lá muita vergonha de mostrar uma emoçãozinha, chora pra caramba. E na fila pra pagar o estacionamento, era muito divertido ver todo mundo com os olhos inchados. Anotem aí: esse filme vai virar um fenômeno de popularidade e ainda vai ser estudado nos próximos anos como um exemplo de obra que não provoca emoção pelos méritos artísticos, mas sim por um cuidadoso trabalho de marketing (repararam no apelo do poster, por exemplo?).

2 comentários:

Nathalia Silva disse...

Filme bom é o que faz chorar. eu acredito nisso.

Alberto Ourique disse...

Concordo. Mas e se fosse um comercial de supermercado será que tu não ia criticar?