segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Não sei.


Não pretendia ver esse filme. Mas era inevitável. Uma hora dessas eu ia acabar assistindo. Então nesse fim-de-semana eu sentei no sofá, um pouco relutante, pra ver Tropa de Elite. O fato de ter assinado o Cine Sky ajudou bastante. Afinal, eu tô pagando. Mas o fato é que valeu a pena. Tropa de Elite é um filme que deixa muito mais dúvidas do que certezas. Afinal, o filme é fascista ou uma denúncia do fascismo? É complexo ou simplório? O capt. Nascimento é herói ou psicopata? O grande mérito do filme é fazer a gente se conhecer um pouco mais, dependendo de como interpretamos a mensagem, se é que ela existe. Tropa de Elite nos coloca diante de uma realidade que está muito além do discurso teórico. E ao ter contato com essa realidade, mesmo que através do cinema, nos batemos de frente com nossas crenças e princípios, e eles nem sempre saem intactos. Trata-se de uma obra corajosa e questionadora, que pretende muito mais incomodar do que agradar. Em mim, pessoalmente, o filme já provocou uma reação: passei a ver o usuário de drogas como financiador de toda aquela violência. Mas no geral, quando me perguntarem o que eu achei de Tropa de Elite, a minha resposta, a mais segura, vai ser sempre a mesma: não sei.

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