quarta-feira, 6 de maio de 2009

Valsa com Bashir.


Ari Folman é um ex-soldado israelense da Guerra do Líbano. E também um cineasta. Traumatizado pela guerra, em especial por um massacre de civis palestinos cometidos pelos aliados da Falange Cristã, Folman tinha bloqueado as lembranças do conflito. Em busca da verdade, ele vai atrás de ex-combatentes para tentar montar o quebra-cabeça e ficar em paz consigo mesmo. Para registrar essa busca, ele decide fazer um filme. O resultado é Valsa com Bashir. Mas o que se vê na tela não é um simples documentário, e sim um dos melhores filmes de animação já feitos. Utilizando um recurso cujo resultado visual é semelhante ao da rotoscopia, Folman utiliza tudo que a linguagem pode oferecer, e traz tanto imagens realistas quanto oníricas para ilustrar as narrativas dos seus entrevistados. Incrivelmente bonito, o filme não deixa de fora as referências pop, com músicas nada óbvias dos anos 80, de bandas como PIL e OMD. No final, o público entende que a ideia de fazer um filme de animação não era apenas pela exploração das suas possibilidades, mas principalmente para aumentar o impacto da última cena. O silêncio na sala era ensurdecedor.

Uma das melhores cenas do filme:

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