terça-feira, 29 de abril de 2008

Charge perfeita.

Balboa.


Esse fim-de-semana vi Rocky Balboa, o sexto da série. Bom filme, embora não chegue perto da obra-prima que é o original. Mas é honesto e coerente. E mostra que os quatro filmes intermediários foram totalmente desnecessários para a construção do personagem. Antes tivesse existido só o primeiro e essa retomada trinta anos depois. O Stallone criou um dos grandes personagens da história do cinema, mas talvez só agora tenha se dado conta disso. E antes tarde do que nunca, fez esse necessário sexto filme, onde a importância de Rocky Balboa é salva com dignidade. Por falar nisso, acabei de ler esse ótimo texto sobre porque os esquerdistas odeiam o Rocky.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Fab Four.

Clique na foto pra ver em detalhes. Merece.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Untooned.




Essas versões dão uma idéia de como a Jessica Rabbit, o Homer Simpson e o Mario seriam na vida real. No blog Pixeloo eles meio que explicam o processo.

Não fui.


Não fui porque tinha medo. Não fui porque não acreditava. Não fui porque tive preguiça. Não fui porque emprestei o cartão pra um amigo. Não fui porque meu carro tá sem alarme. Não fui porque já sofri muito. Não fui porque achei que ia passar na TV. Não fui porque tava cansado. Não fui porque o Alex não foi. Não fui. Mas foi a última vez.

Tragédia?


Surreal, engraçada, mítica, com cara de filme de Fellini e novelas estilo Saramandaia. Quando só se falava do caso Isabella, uma história bem diferente roubou as manchetes. Valeu, padre Adelir De Carli. God bless ya.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Maiores bandas.


Adoro listas, e sei que isso é um baita defeito. Mas se você gosta também e não tem nada pra fazer agora, acesse o site do New Musical Express e dê notas pras bandas pré-selecionadas. A média geral de notas dá uma listinha bem interessante, que pra mim não foge muito da realidade. Nesse momento, a lista das 20 maiores bandas da história tá assim:

1. Oasis
2. The Beatles
3. The Jimi Hendrix Experience
4. The Rolling Stones
5. Led Zeppelin
6. The Clash
7. The Who
8. Nirvana
9. The Smiths
10. Radiohead
11. Manic Street Preachers
12. Pink Floyd
13. The Sex Pistols
14. The Stone Roses
15. Joy Division
16. The Doors
17. The Ramones
18. Blur
19. The Libertines
20. The Kinks

Banner do inferno.


Como meu colega Vinícius (vulgo Prego) já tinha alertado, esse banner maligno está dominando a internet, e em breve vai tomar conta do mundo inteiro. Você certamente já viu em algum lugar por aí, e certamente já sentiu medo.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Into the Wild.


Ia botar um texto aqui recomendando esse filme. Mas a essa altura, todo mundo já viu, inclusive tu que tá lendo agora. Impressionante como funcionou o boca-a-boca pra Into the Wild, um filme que estreou há pouco mais de uma semana sem nenhum alarde da mídia. Ponto pro eterno Jeff Spicoli de Picardias Estudantis, o mau-humorado porém talentoso Sean Penn. Não tem como ver Into the Wild e não ficar com uma coceirinha de dar uma banda por aí, nem que seja percorrer de mochila todo o litoral gaúcho. Pensando bem, acho que não.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Gessinger Day.


Sucesso total esse projeto aí em cima surgido das mentes doentias aqui da RBA. A homenagem se espalhou pelo Brasil inteiro, principalmente através do blogaço Updaters. E o que era pra ser uma sexta-feira normal, virou um dia nacional de reverência ao gênio através do MSN. Não parei de receber mensagens de pessoas emocionadas por estarem redescobrindo o talento único de Humberto Gessinger. Alguns dos nicks mais sensacionais desse dia inesquecível:
- Recomeça tudo lá fora, neguinho da Zero Hora
- Eu que não fumo, queria um cigarro
- No táxi que me trouxe até aqui, Julio Iglesias me dava razão
- Adeus Pink Freud Flintstone
- Corria em Tarumã, combateu no Vietnã
- A Líbia bombardeada, a libido e o vírus
- Ele era forte, e tinha um Escort
- Eu perco o sono, ao som de Yoko Ono

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Sério.


Dessa vez, a pena superou a flauta.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Shine a Light ou Scorsese e os bons velhinhos.


Martin Scorsese não cansa de acertar. Dessa vez, ele fez o filme definitivo sobre a velhice. Esqueça Conduzindo Miss Daisy. O filme que até hoje melhor falou sobre a passagem dos anos é Shine a Light, o novo e sensacional documentário sobre os Rolling Stones. É incrível como um cineasta talentoso consegue dar sentido profundo a um filme que, à primeira vista, não passa de um simples registro de um show de rock. Ao inserir pequenos trechos de entrevistas dadas pelos Stones ao longo dos anos, e contrastando estas cenas com a performance recente, as rugas ficam ainda mais evidentes. Assim como fica evidente a recusa dos quatro músicos em envelhecer. Scorsese ama os Stones, e nesse filme ele fez para a banda o que um fã deve fazer: provar que eles não estão nessa só pela grana. E depois de ver Shine a Light, fica difícil discordar. A luz que Scorsese lança sobre os Stones é reveladora. Assim, até o título do filme passa a fazer muito mais sentido, deixando de ser apenas o nome de uma música. Shine a Light mostra que os Stones são apenas quatro jovens que só querem se divertir, e que por acaso estão na faixa dos 60. E como se não bastasse, o show é impecável.
Obs.: por incrível que pareça, esse é um dos poucos filmes do Scorsese sem Gimme Shelter.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Heston in peace.


Se foi o último republicano-racista-reaça-canastra-fdp de Hollywood. E vai fazer muita falta. Sério. Acima de tudo, Charlton Heston era um ingênuo. O cara participou de vários filmes com conteúdo progressista, sem nem se dar conta. Ao mesmo tempo em que, como presidente do National Rifle Association, entrava a fundo na defesa do direito do cidadão de portar armas (ou seja, o direito do cidadão andar por aí com um instrumento que tem a única função de matar outro cidadão), Chuck estrelava filmes anti-belicistas como Ben-Hur e Planeta dos Macacos. Fez também um revolucionário espanhol símbolo da esquerda, o El Cid. E mostrou até onde vai a sanha capitalista ao gritar aos quatro ventos a clássica frase "Soylent Green is people!" no final do nada otimista No Mundo de 2020. Serviu até pra dar sustentação para as teses de Michael Moore em Bowling for Columbine, onde aparece velho, esclerosado e carcomido, numa cena humilhante que me ajuda a ficar com o pé atrás em relação ao documentarista gordinho-simpático. Heston declarava até que não havia conteúdo homossexual em Ben-Hur, onde é óbvio que o que dá início a toda a história de vingança que sustenta as quatro horas de filme é o fato do herói ter deixado pra trás as brincadeirinhas de infância pra começar a se interessar pelo sexo oposto. Messala, o amiguinho romano que não mudou de time quando cresceu, não aceita muito a idéia e passa a perseguir o amiguinho judeu. Por essa ingenuidade, pela canastrice, e por um certo talento para criar personagens mais cínicos a partir dos anos 60, Heston vai fazer falta. Ele foi o reacionário que fez alguns dos filmes mais progressistas da história de Hollywood.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Laerte gênio.

Who watches the Peanuts?


Não sei se essa ilustra é mesmo do Charles Schulz. Mas colocar os personagens das clássicas tirinhas como se eles fossem os Watchmen é, de qualquer jeito, uma baita homenagem pra obra-prima do Alan Moore.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Rosebud.


Ontem eu tava revendo Cidadão Kane que, ao contrário do que muita gente diz, não é o maior filme de todos os tempos. É só um dos maiores.
E comecei a pensar qual seria o meu Rosebud, ou as minhas últimas palavras no leito de morte. Me vieram algumas possibilidades:
- Fulano, na real tu é filho do encanador.
- Ah, que saudades daquele carnaval em Cidreira.
- Falou. Tô indo ver um show do Bob Marley.
- Foi ela que me envenenou.
- Terminei aqui.
- Até mais, e obrigado pelos peixes.
- Cof! Cof!
- Me perdoa, Gabiru.
- Perdi.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Jesus salva.



As tirinhas com o personagem Jesus (sim, aquele mesmo da Bíblia) estão entre as coisas mais divertidas que eu li esse ano. É uma interpretação muito particular da vida do Messias, que vai do nascimento, passa pela adolescência, atinge a sua fase mais fodona, chega até a crucificação e mostra que a ressurreição não foi lá tão bonita quanto se imagina. O autor Rafael Koff consegue associar a vida de Jesus com o nosso cotidiano e o cinismo dos dias atuais, gerando piadas engraçadíssimas e totalmente hereges, sem cair na solução fácil de chocar por chocar. A inteligência dá o tom. E não existe teste maior para um padre do que ler as 40 tirinhas que estão no livro sem esboçar um sorriso. Pra ver mais Jesus e outros trabalhos do cara, clique aqui. Aproveite e encomende o livro. E depois, queime no inferno.